sábado, 2 de outubro de 2010

Imagem de si mesma...


Sou herdeira das Deusas, Rainhas e Sacerdotisas do passado e as represento hoje aqui trazendo a magia e a força da Grande Mãe à Terra. Nos momentos difíceis da minha vida, nos momentos em que me faltar sabedoria, acredito e tenho a ajuda das minhas antepassadas. Que no momento que eu olhar o céu noturno eu saiba que tenho a mesma força das mulheres e homens que reinaram antes de mim e o fizeram guiados pela Sabedoria da Grande Deusa. Que eu como sacerdotisa da Grande Mãe jamais esqueça o meu caminho e quando isto me ocorrer que sempre e sempre eu me religue ao poder da Terra Mãe e a força do Senhor da Natureza. Que eu não tenha medo de olhar o mundo como minhas antepassadas que reinavam sem medo em suas comunidades, países e reinos. Que eu seja sempre a sacerdotisa que acende a fogueira e conhece todos os caminhos do Grande Rito. Que eu seja a bruxa e a feiticeira, a senhora que conhece os segredos da terra e da magia, que eu seja a Senhora da Vida, senhora do meu próprio destino e rainha de mim mesma exercendo minha própria soberania.Que eu jamais me permita subjugar ou controlar um ser para igualmente jamais ser subjugada e controlada. Que eu sempre me lembre que todos os alimentos com que me nutro, as frutas, as ervas, as sementes e os vegetais, o leite e o pão, os animais que lavram a terra e os seres que voam provem do Útero da Mãe e como tal sejam sempre louvados e abençoados para que a colheita da minha vida, da minha alma seja sempre farta. Que não haja em mim medo da morte e da mortalha e que eu saiba que sempre e sempre ressurgirei para uma nova vida, até que eu tenha toda a sabedoria e possa me deixar levar, minha alma pelas mares do fluxo da Grande Mãe. Que eu jamais tema a mim mesma, e minha face escura de senhora das mortalhas, ceifadora, rainha do caos, amante e feiticeira pois todos as Faces são Uma e nisto esta a sabedoria. Que eu jamais tema a velhice e o tempo em que o sangue sagrado cessa de ser deitado a Terra, pois após a Jovem e a Mãe, sou a Grande Sábia, a Velha Anciã, a sacerdotisa de tempos passados e nisso se conserva toda a minha juventude e sabedoria. Por isso sou maga, sacerdotisa e feiticeira.

Que assim se faça!


HECATE

O dia 13 de agosto era uma data importante no antigo calendário greco-romano, dedicada às celebrações das Deusas Hécate e Diana, quando Lhes eram pedidas bênçãos de proteção para evitar as tempestades do verão europeu que prejudicassem as colheitas. Na tradição cristã comemora-se no dia 15 de agosto a Ascensão da Virgem Maria, festa sobreposta sobre as antigas festividades pagãs para apagar sua lembrança, mas com a mesma finalidade: pedir e receber proteção.Com o passar do tempo perdeu-se o seu real significado e origem e preservou-se apenas o medo incutido pela igreja cristã em relação ao nome e atuação de Hécate. Esta poderosa Deusa com múltiplos atributos foi considerada um ser maléfico, regente das sombras e fantasmas, que trazia tempestades, pesadelos, morte e destruição, exigindo dos seus adoradores sacrifícios lúgubres e ritos macabros.Para desmistificar as distorções patriarcais e cristãs e contribuir para a revelação das verdades milenares, segue um resumo dos aspectos, atributos e poderes da Deusa Hécate.

Hécate Trivia ou Triformis era uma das mais antigas deusas da Grécia pré-helênica, cultuada originariamente na Trácia como representação arcaica da Deusa Tríplice, associada com a noite, lua negra, magia, profecias, cura e os mistérios da morte, renovação e nascimento.''Senhora das encruzilhada" - dos caminhos e da vida - e do mundo subterrâneo, Hécate é um arquétipo primordial do inconsciente pessoal e coletivo, que nos permite o acesso às camadas profundas da memória ancestral. É representada no plano humano pela xamã que se movimenta entre os mundos, pela vidente que olha para passado, presente e futuro e pela curadora que transpõe as pontes entre os reinos visíveis e invisíveis, em busca de segredos, soluções, visões e comunicações espirituais para a cura e regeneração dos seus semelhantes.

Filha dos Titãs estelares Astéria e Perseu, Hécate usa a tiara de estrelas que ilumina os escuros caminhos da noite, bem como a vastidão da escuridão interior. Neta de Nyx, Deusa ancestral da noite, Hécate também é uma “Rainha da Noite” e tem o domínio do céu, da Terra e do mundo subterrâneo. “Senhora da Magia” confere o conhecimento dos encantamentos, palavras de poder, poções, rituais e adivinhações àqueles que A cultuam, enquanto no aspecto de Antea, a “Guardiã dos sonhos e das visões”, tanto pode enviar visões proféticas, quanto alucinações e pesadelos se as brechas individuais permitirem. Como Prytania, a “Rainha dos mortos”, Hécate é a condutora das almas e sua guardiã durante a passagem entre os mundos, mas Ela também rege os poderes de regeneração, sendo invocada no desencarne e nos nascimentos como Protyraia, para garantir proteção e segurança no parto, vida longa, saúde e boa sorte. Hécate Kourotrophos cuida das crianças durante a vida intra-uterina e no seu nascimento, assim como fazia sua antecessora egípcia, a parteira divina Heqet. Possuidora de uma aura fosforescente que brilha na escuridão do mundo subterrâneo, Hécate Phosphoros é a guardiã do inconsciente e guia das almas na transição, enquanto as duas tochas de Hécate Propolos, apontadas para o céu e a terra, iluminam a busca da transformação espiritual e o renascimento, orientado por Soteira, a Salvadora. Como Deusa lunar Hécate rege a face escura da Lua, Ártemis sendo associada com a lua nova e Selene com a Lua Cheia. No ciclo das estações e das fases da vida feminina Hécate forma uma tríade divina juntamente com: Kore/Perséfone/Proserpina/Hebe - que presidem a primavera, fertilidade e juventude -, Deméter/Ceres/Hera – regentes da maturidade, gestação, parto e colheita - e o Seu aspecto Chtonia, Deusa Anciã, detentora de sabedoria, padroeira do inverno, da velhice e das profundezas da terra. Hécate Trivia e Trioditis, protetoras dos viajantes e guardiãs das encruzilhadas de três caminhos, recebiam dos Seus adeptos pedidos de proteção e oferendas chamadas “ceias de Hécate”. Propylaia era reverenciada como guardiã das casas, portas, famílias e bens pelas mulheres, que oravam na frente do altar antes de sair de casa pedindo Sua benção.As imagens antigas colocadas nas encruzilhadas ou na porta das casas representavam Hécate Triformis ou Tricephalus como pilar ou estátua com 3 cabeças e 6 braços que seguravam suas insígnias: tocha (ilumina o caminho), chave (abre os mistérios), corda (conduz as almas e reproduz o cordão umbilical do nascimento), foice (corta ilusões e medos).

Devido à Sua natureza multiforme e misteriosa e à ligação com os poderes femininos “escuros”, as interpretações patriarcais distorceram o simbolismo antigo desta Deusa protetora das mulheres e enfatizaram Seus poderes destrutivos ligados à magia negra (com sacrifícios de animais pretos nas noites de lua negra) e aos ritos funerários. Na Idade Média, o cristianismo distorceu mais ainda seus atributos, transformando Hécate na “Rainha das Bruxas”, responsável por atos de maldade, missas negras, desgraças, tempestades, mortes de animais, perda das colheitas e atos satânicos. Estas invenções tendenciosas levaram à perseguição, tortura e morte pela Inquisição de milhares de “protegidas de Hécate”, as curandeiras, parteiras e videntes, mulheres “suspeitas” de serem Suas seguidoras e animais a Ela associados (cachorros e gatos pretos, corujas).

No intuito de abolir qualquer resquício do Seu poder, Hécate foi caricaturizada pela tradição patriarcal como uma bruxa perigosa e hostil, à espreita nas encruzilhadas nas noites escuras, buscando e caçando almas perdidas e viajantes com sua matilha de cães pretos, levando-os para o escuro reino das sombras vampirizantes e castigando os homens com pesadelos e perda da virilidade. As imagens horrendas e chocantes são projeções dos medos inconscientes masculinos perante os poderes “escuros” da Deusa, padroeira da independência feminina, defensora contra as violências e opressões das mulheres e regente dos seus rituais de proteção, transformação e afirmação.

No atual renascimento das antigas tradições da Deusa compete aos círculos sagrados femininos resgatar as verdades milenares, descartando e desmascarando imagens e falsas lendas que apenas encobrem o medo patriarcal perante a força mágica e o poder ancestral feminino. Em função das nossas próprias memórias de repressão e dos medos impregnados no inconsciente coletivo, o contato com a Deusa Escura pode ser atemorizador por acessar a programação negativa que associa escuridão com mal, perigo, morte. Para resgatar as qualidades regeneradoras, fortalecedoras e curadoras de Hécate precisamos reconhecer que as imagens destorcidas não são reais, nem verdadeiras, que nos foram incutidas pela proibição de mergulhar no nosso inconsciente, descobrir e usar nosso verdadeiro poder.

A conexão com Hécate representa para nós um valioso meio para acessar a intuição e o conhecimento inato, desvendar e curar nossos processos psíquicos, aceitar a passagem inexorável do tempo e transmutar nossos medos perante o envelhecimento e a morte. Hécate nos ensina que o caminho que leva à visão sagrada e que inspira a renovação passa pela escuridão, o desapego e transmutação. Ela detém a chave que abre a porta dos mistérios e do lado oculto da psique; Sua tocha ilumina tanto as riquezas, quanto os terrores do inconsciente, que precisam ser reconhecidos e transmutados. Ela nos conduz pela escuridão e nos revela o caminho da renovação. Porém, para receber Seus dons visionários, criativos ou proféticos precisamos mergulhar nas profundezas do nosso mundo interior, encarar o reflexo da Deusa Escura dentro de nós, honrando Seu poder e Lhe entregando a guarda do nosso inconsciente. Ao reconhecermos e integrarmos Sua presença em nós, Ela irá nos guiar nos processos psicológicos e espirituais e no eterno ciclo de morte e renovação. Porém, devemos sacrificar ou deixar morrer o velho, encarar e superar medos e limitações; somente assim poderemos flutuar sobre as escuras e revoltas águas dos nossos conflitos e lembranças dolorosas e emergir para o novo.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Afrodite

*As Três Faces de Afrodite








Afrodite talvez seja a Deusa grega mais conhecida pelas massas. Mas será que de fato a conhecemos?



Tentei reunir aqui um pouco do trabalho de pesquisa que fiz em busca das origens do culto e facetas de Afrodite, mas a medida em que minha pesquisa avançada, eu percebia que nenhuma pesquisa, por completa que seja, conseguirá tocar a verdade sobre a conhecida Deusa do Amor.



Há quem considere Afrodite uma variação da Deusa sumeriana do amor e da guerra, Inanna e, isso explicaria o nascimento de Afrodite ter sido no mar, pois somente por essa via o culto à Deusa do amor chegaria do oriente ao ocidente. Talvez seja por esse motivo que Afrodite é também considerada protetora dos viajantes.



De fato, estudando ambas, pude notar muitos pontos em comum. No entanto, a idéia central desse trabalho não é traçar uma comparação entre as duas Deusas, mas compartilhar minhas pesquisas focadas em Afrodite.



Começando pelo seu nascimento, encontrei três versões diferentes.



A primeira versão é segundo Hesíodo – poeta grego da idade arcaica, que escreveu “A gênese dos deuses” e “Os trabalhos e os dias” – para quem Afrodite teria nascido do falo de Urano, extirpado por seu filho Cronos.



Cronos, o filho mais novo de Gaia ou Geia e Urano (Terra e Céu), cortou os genitais do pai porque ele aprisionara seus irmãos nos confins da Terra, no Tártaro.



O falo de Urano foi jogado no mar e das espumas desse nasceu Afrodite. Essa versão explica a origem do nome de Afrodite, “nascida da espuma”.



Logo após seu nascimento, a Deusa nadou até chegar na ilha de Citera. Por isso também é conhecida pelo nome de Citeréia. Segundo a lenda, por onde Afrodite passava, a relva se renovava, as flores nasciam, ela trazia o amor maior, o amor que tudo fertiliza, que embeleza.



Vale, portanto, a associação da Deusa do amor com a primavera, pois está intimamente ligada à vida que se renova, às flores, aos nascimentos. Para corroborar essa associação, encontramos uma outra denominação para a Deusa, Antheia, a Deusa das Flores.



Depois de Citera, Afrodite foi para Chipre, onde foi recebida pelas Horas, guardiãs da porta do céu (o Olimpo) e filhas de Têmis, Deusa da Justiça. Nessa ocasião, Afrodite foi vestida por elas e, em seguida, levada à presença dos Deuses. Encantou a todos, claro!



É dessa versão do nascimento de Afrodite que nasce a chamada Afrodite Urânia, doadora do amor universal, da qual falaremos mais além.



A segunda versão de seu nascimento é encontrada, entre outras fontes, em Homero, poeta grego que viveu por volta de 850 a.C em Jônia, antigo distrito grego onde hoje situa-se a Turquia. Homero escreveu Ilíada e Odisséia, porém, há sérias controvérsias históricas em razão da diferença de estilo entre as duas obras. A controvérsia é tanta que há quem ponha em dúvida, inclusive, a existência de Homero. Dessa discussão nasceu a expressão “questão homérica” a qual se diz quando estamos diante de um impasse.



Pois bem, segundo essa segunda versão do nascimento de Afrodite, descrita também por Homero, a Deusa teria nascido de Zeus e Dione. Porém, me parece que nessa versão encontramos uma forma de restringir a amplitude e força da Deusa.



Entre as discrepâncias encontradas nessa versão, a que mais me chamou a atenção foi o fato de Afrodite ser também conhecida pelo nome de Dione, que é a forma feminina de Zeus, conhecida como Deusa das águas, das fontes, do carvalho e dos oráculos, sendo essa última característica de Afrodite, pouco mencionada.



A terceira versão do nascimento de Afrodite é pouco conhecida. O que sabemos é que Afrodite teria nascido de um caramujo e desembarcado de uma concha na ilha de Citera.



Em Cnido – costa da Ásia maior – o caramujo é considerado uma criatura sagrada da Deusa.



Outra ligação de Afrodite com o caramujo está na lenda de que Afrodite, antes do Olimpo, viveu no mar, na companhia de um caramujo de extrema beleza chamado Nérites, filho de Nereu, uma das facetas da triplicidade da divindade do mar conhecida como “O Velho do Mar”.



Pouco se sabe dessa terceira versão do nascimento da Deusa, mas é inegável a relação de Afrodite com o caramujo.



Essas três versões da origem de Afrodite nos falam de seu nascimento na água. Afrodite nasce na água, ou da água do mar, o por nós conhecido útero primordial. Nós, seres humanos, também nascemos na água. Talvez nosso passado intra-uterino faça com que tenhamos tanto amor por essa Deusa maravilhosa, e talvez seja também esse nosso passado intra-uterino que nos dê a sensação de retorno às nossas origens quando mergulhamos no mar.



Outro ponto interessante sobre a força de Afrodite é que Ela é o amor que tudo gera. Nós também somos, ou temos, esse amor que nasceu nas águas. A água é símbolo do nosso inconsciente, do nosso lado feminino, da fertilidade, da emoção.



O oceano primordial de onde crêem alguns termos nos originado me lembra muito o nascimento de Afrodite e sua relação com a humanidade.



Quem sabe Afrodite não seja a expressão humana dessa vida, pois tudo que ela toca se torna fértil, pulsante e vivo. Quem sabe Afrodite não seja essa própria força geradora da vida.



Afrodite e a humanidade, que realção impressionante. Mesmo entre os que dizem não cultuar a Deusa, nutre por Ela uma estranha ligação.



Como Deusa do Amor Maior, da beleza e da vida Afrodite também pode ser cruel, destruidora, como veremos. Nesse ponto reside a estreita conexão de Afrodite com a humanidade. Temos em nós esses dois pólos, essas duas versões de nós mesmos.



A bem da verdade, não seria correto dizer “dois pólos de Afrodite”. Poucos conhecem a versão tríplice da Deusa do Amor. Porém, noto que, cada vez que pesquiso sobre aspectos de determinada divindade, sempre encontro essa característica tríplice que, pasmem, também não pára no número três. Mas isso é assunto para outro texto.



Hoje o que conhecemos de Afrodite é reduzido ao quesito amor. Porém, Afrodite se mostra muito além do que se é possível escrever sobre a Deusa.



Afrodite não é somente a Deusa do amor e da beleza. A primeira face de Afrodite, em sua triplicidade, é Afrodite Urânia, distribuidora do amor universal, a doce, a bela, aquela que une os pares com amor, que dá cor e beleza ao mundo. É a Deusa do céu, das estrelas, do amor celestial. Sempre que penso nesse aspecto de Afrodite, me lembro da já mencionada Inanna, a Deusa dos Céus, como provedora, amorosa.



A segunda face é Afrodite Pandemos, que está intimamente ligada a questões carnais, sexuais, físicas, materiais. O amor sensual é domínio dessa faceta da Deusa, é Ela quem nos oferece os prazeres do corpo, que desperta o desejo, que nos faz querer a beleza para conquistar.



O terceiro aspecto é o menos conhecido, Afrodite Apostrófia, que significa “aquela que se afasta”. Esse é o aspecto destruidor da Deusa, o aspecto mais difícil e menos explorado.



É como se quisessem deixar à mostra somente o lado que convém. Vemos muito disso ao estudar essa Deusa.



Afrodite Apostrófia é que deturpa, a que escraviza e a que traz a mazelas, as desgraças. Penso muito nas modelos anoréxicas e bulímicas quando ouço o nome Afrodite Apostrófia.



Como dissemos, em verdade, não se trata de apenas três faces. O culto de Afrodite e suas faces vão variando conforme a época, o local e a ideologia do povo.



Temos, por exemplo, Afrodite Eleêmon, cultuada em Chipre como “A Misericordiosa”, cuja imagem se assemelha muito com a da Virgem Maria, porém, sem o aspecto da castidade.



Afrodite Pasifessa, “A que brilha longe”, conhecida como a Deusa lunar que rege os mistérios do inconsciente.



Afrodite Zeríntia, que muito se assemelha a Hécate. Afrodite Zeríntia é uma face da Deusa que está além do Olimpo, cujos domínios são além da Terra e do céu, assim como Hécate.



Para os atenienses, Afrodite Zeríntia era a mais velha das moiras.



Outro ponto em comum com Hécate era o sacrifício de cachorros, feitos em honra à Afrodite na costa trácia, posto que esse animal era consagrado à Afrodite Zeríntia.



Afrodite Genetílis, outra faceta da Deusa, também recebia sacrifícios. Ficou conhecida como Vênus Genetrix, pelos latinos, a Deusa dos partos.



Temos também conhecimento de um outro aspecto da Deusa, Afrodite Hetaira, que era venerada pelas cortesãs.



Diferentes das prostitutas pobres e não cidadãs, as hetairas eram treinadas desde cedo nas artes do sexo.



Aquele que comprava uma hetaira pagava uma soma muito alta. Tratava-se de um investimento. Muitos pagavam fortunas pelos favores sexuais das hetairas, e investiam também nos dotes artísticos delas.



É fato histórico que algumas hetairas acabaram comprando sua liberdade, tornando-se grandes e conhecidas mulheres.



Em Esparta, Afrodite era adorada como Enóplio, portando armas, e Afrodite Morfo, a acorrentada. Era chamada de “a de corpo bem feito” ou “a de várias formas”.



Afrodite Ambológera era adorada também em Esparta como aquela que adia a velhice, trazendo vigor físico.



Temos também a Afrodite Negra, ou Melena/ Melênis, dominadora dos mistérios da morte e destruição, aspecto relacionado com as Erínias.



Aliás, os aspectos negros de Afrodite são os que menos conhecemos. Podemos citar Afrodite Andrófono, a matadora de homens; Afrodite Anósia, a que peca, e Afrodite Tamborico, a cavadora de túmulos.



Existe também a ligação de Afrodite com Perséfone. Afrodite Persefessa era invocada como Rainha do submundo.



Interessante notar que Eurínome, a Deusa primordial dos pelasgos, também tinha relação com o mar, era a Deusa dos prazeres, governou antes do patriarcado olimpiano e foi rebaixada, deixada de lado.



Como podemos ver, Afrodite é muito mais complexa do que lemos por aí. Não daria para explanar toda a complexidade da Deusa nesse trabalho.



Afrodite não se resume ao amor físico, nem ao amor universal, nem ao sexo, nem à beleza. Ela rege tudo isso e muito mais. Afrodite é o amor entre seres e intra seres, é o amor que cria, mas é também o amor que ceifa.



Afrodite está presente no sexo, no prazer, Ela é o desejo, a vontade entre dois seres. É Ela quem faz com que duas pessoas se desejem e desse desejo mútuo, dessa explosão de energia entre dois corpos, duas mentes e dois espíritos possa ser criado um outro ser, pois Afrodite é doadora da vida também.



Afrodite é a própria beleza da Terra, não diz respeito somente a corpos jovens e esbeltos. Para Afrodite a beleza plástica não vale nada. Afrodite quer a beleza da mente, do corpo e do espírito.



De nada adiantará explorarmos as novidades cosméticas se não explorarmos nossa beleza real, aquela que é dada por Afrodite a todos, sem exceção.



Afrodite abençoou a todos com a beleza, é uma sabedoria que poucos compreendem.



Creio que Afrodite perguntaria às pessoas: De que adianta a sua beleza, sua perfeição se você vive destrói o seu planeta? De que adianta a forma física perfeita se é vazio por dentro? Como pode você desejar a beleza constantemente na sua vida e degradar a sua casa?



Afrodite é doadora da beleza, do viço, porém, Afrodite também deseja que cada um de nós leve a beleza para a vida daqueles que nos cercam.



O que acontece com pessoas bonitas, jovens, que exercem sua sexualidade desmedida?



O que acontece com pessoas que em nome do amor aprisionam outro ser?



O que acontecem com pessoas que buscam a beleza vazia?



Solidão.



Solidão no sentido mais amplo. Afrodite vai embora e leva consigo a real beleza, o sexo pleno, o amor verdadeiro.



É nessa hora que podemos conhecer a face da qual poucos falam, Afrodite Apostrófia, aquela que se afasta.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

AYAHUSCA - UMA PLANTA DE PODER

AYAHUASCA - UMA PLANTA DE PODER



saran escreve "Neste texto buscamos responder às dúvidas e perguntas mais freqüentes daqueles que trilham pelos caminhos da Ayahuasca. Pensamos que a leitura deste documento possa ajudar a aclarar o PORQUE de algumas de nossas mais essenciais convicções como...



- Ayahuasca não é droga, não vicia, não causa dependência física ou psicológica, nem “alucinações”;



- Ayahuasca está associada a inúmeros casos de cura de vícios, de dependência de álcool e drogas, e de recuperação da saúde;



- Ayahuasca é uma via de auto-centramento, fortalecimento da psique, segurança, auto-estima, firmeza, otimismo e paz interior.



- A Ayahuasca age como um estupendo facilitador, de compreensão da existência das camadas profundas dos "impulsos de vida" e "impulsos de morte", nos permitindo dialogar com o seu centro inteligente, e seus desdobramentos energéticos no plano espiritual, ou seja “invisível “ mostrando e ajudando a eliminar profundas camadas psicológicas e espirituais de nosso SER, através de ações musculares de contração e relaxamento, chamadas de PURIFICAÇÃO ou limpeza.



- Ayahuasca é um caminho para o reencontro com o que temos de melhor em nós e com o Divino manifesto na Terra.



Estas afirmações, entretanto, serão inúteis se não forem fundamentadas nos fatos e comprovadas pela experiência de cada um.



OS NOMES DA AYAHUASCA:



Existem pelo menos 42 nomes indígenas para este preparado. É notável e significativo que pelo menos 72 tribos indígenas diferentes da Amazônia, não obstante as distâncias de suas separações geográficas, de idiomas e culturais, manifestem um conhecimento tão comum e detalhado da ayahuasca e de seu uso. Eis os principais nomes pelos quais a conhecem:



Natema, Yagé, Nepe, Ayahuasca, Santo Daime, Vegetal, Dapa, Pinde, Runipan, Bejuco Bravo; Bejuco de Oro; Caapi (Tupi, Brazil); Mado, Mado Bidada e Rami-Wetsem (Culina); Nucnu Huasca e Shimbaya Huasca (Quechua); Kamalampi (Piro); Punga Huasca; Rambi e Shuri (Sharanahua); Ayahuasca Amarillo; Ayawasca; Nishi e Oni (Shipibo); Ayahuasca Negro; Ayahuasca Blanco; Ayahuasca Trueno, Cielo Ayahuasca; Népe; Xono; Datém; Kamarampi; Pindé (Cayapa); Natema (Jivaro); Iona; Mii; Nixi; Pae; Ka-Hee' (Makuna); Mi-Hi (Kubeo); Kuma-Basere; Wai-Bu-Ku-Kihoa-Ma; Wenan-Duri-Guda-Hubea-Ma; Yaiya-Suava-Kahi-Ma; Wai-Buhua-Guda-Hebea-Ma; Myoki-Buku-Guda-Hubea-Ma (Barasana); Ka-Hee-Riama; Mene'-Kají-Ma; Yaiya-Suána-Kahi-Ma; Kahí-Vaibucuru-Rijoma; Kaju'uri-Kahi-Ma; Mene'-Kají-Ma; Kahí-Somoma' (Tucano); Tsiputsueni, Tsipu-Wetseni; Tsipu-Makuni; Amarrón Huasca, Inde Huasca (Ingano); Oó-Fa; Yahé (Kofan); Bi'-ã-Yahé; Sia-Sewi-Yahé; Sese-Yahé; Weki-Yajé; Yai-Yajé; Nea-Yajé; Noro-Yajé; Sise-Yajé (Shushufindi Siona); Shillinto (Peru); Nepi (Colorado); Wai-Yajé; Yajé-Oco; Beji-Yajé; So'-Om-Wa-Wai-Yajé; Kwi-Ku-Yajé; Aso-Yajé; Wati-Yajé; Kido-Yajé; Weko-Yajé; Weki-Yajé; Usebo-Yajé; Yai-Yajé; Ga-Tokama-Yai-Yajé; Zi-Simi-Yajé; Hamo-Weko-Yajé (Sionas do Putomayo); Shuri-Fisopa; Shuri-Oshinipa; Shuri-Oshpa (Sharananahua).



Ayahuasca ou Ayawasca ou cayahuasca, jayahuasca ou xayahuasca, aioasca, auasca, uasca é uma palavra do idioma Quéchua que significa "cipó dos espíritos", “chicote da alma” ou ainda “vinho dos espíritos” ou mesmo "vinho da vida". É o nome mais usado pelos índios do Altiplano Andino que falavam o Quéchua, e foi dado em homenagem a um dos últimos Incas, o Príncipe Huaskar, que desapareceu por ocasião da conquista espanhola. O conquistador Cortez se aproveitou disso para acusar o irmão de Huaskár - o Imperador Inca Atahualpa – pelo seu desaparecimento e suposto assassinato, e assim justificar a tortura e a morte em praça publica do Imperador, a mando do tribunal da Santa Inquisição. Na verdade o tal assassinato jamais ocorreu, pois o Inca Huaskar, segundo a lenda, fugiu para a Floresta Amazônica, onde se integrou, e depois de sua morte seu nome passou a ser dado ao chá feito a partir da cocção do CIPÓ MARIRI ou JAGUBE (Banisteriopsis Caapi) com a folha da CHACRONA (Psychotria Viridis). Aya significa ALMA e Huaska significa CHICOTE, significando, pois CHICOTE DA ALMA.



NATEMA é o nome dado pelos nativos Jivaro. O termo espanhol significa, literalmente, corda da morte (corda = cipó).



YAGÉ significa em língua tupy pronuncia Ya-hay "sonho azul",devido à coloração azul de suas mirações. A origem indígena do Yagé é a tribo dos Putumayos, do norte do Peru e da floresta amazônica brasileira.



SANTO DAIME é o nome dado pelo Mestre Raimundo Irineu Serra a Ayahuasca, quando cristianizou o chá para uso no contexto urbano.



VEGETAL - HOASKA é o nome adotado pelo Mestre José Gabriel da Costa, quando criou a União do Vegetal.



ESTADOS ALTERADOS DA CONSCIÊNCIA PELA AYAHUASCA:



A Ayahuasca é um meio de expansão da consciência, sendo que o estado de transe e extase é parte da prática religiosa de milhões de pessoas.



Para o espiritismo o transe é condição necessária para possibilitar a comunicação com os espíritos dos mortos; o médium, em transe, emprestaria seu corpo para que um espírito o usasse como veículo de sua manifestação.



A Ayahuaska joga rapidamente as ondas cerebrais de ALFA para TETA, levando para uma zona da memória onde toda a vivencia irá se desenvolver, buscando e rememorando a vida interior do corpo (genética e hereditária) e a vida exterior ou social da pessoa, no presente, passado e futuro, e abrindo para a paranormalidade.



MUDANÇAS INTERNAS DO ORGANISMO DURANTE O TRANSE:



A ingestão da Ayahuasca provoca uma mudança física, afetando diretamente o cérebro, cuja freqüência de ondas passa do nível BETA (ativo) para o nível ALFA (relaxado, entre 8 e 12 Hz) ou TETA (profundamente relaxado, entre 5 e 8 Hz). Simultaneamente ocorre redução do ritmo respiratório de 12-14 para 4-6 vezes por minuto, redução de oxigenação em até 20 por cento, redução do ritmo metabólico de 25 a 30 por cento, redução da pressão sangüínea, mudança no pH e nos níveis de bicarbonato de sódio do sangue, aumento da resistência da pele, bem como aumento da acuidade e sensibilidade da audição, da visão, e do tato. Ou a DELTA quando atingimos o ÊXTASE.



REAÇÕES FÍSICAS do CORPO DURANTE O TRANSE:



Dificilmente as ondas do cérebro serão alteradas sem alterar o organismo físico como um todo. Um está ligado ao outro, e naturalmente a alteração vai afetar todo o sistema nervoso. Sendo assim é inevitável que também os movimentos do esôfago e dos nossos intestinos sejam alterados, dependendo mais ou menos do estado de ansiedade e das condições físicas em que o indivíduo em questão se encontra no momento que passa pela experiência, podendo ocorrer eliminação de líquidos e substâncias aquosas retidas em algumas das dobras profundas dos mesmos, ocasionando um intenso bem estar em seguida.



REAÇÕES DURANTE O TRANSE QUE OCORREM NO CÉREBRO:



Passando para o estado ALFA o cérebro passa naturalmente a funcionar com ondas mais calmas do que as do dia-a-dia, as BETAS, e tem a natural tendência de deter o fluxo dos pensamentos vagabundos, duais, que o habitam; trazendo um inegável bem estar, repassado para o corpo físico todo, tanto que mesmo a dor e as infecções tendem a diminuir durante o tempo em que a mente permanece em estado ALFA.



Quando estas mudanças celulares eletroquímicas ocorrem, o aumento da atividade dos neurônios é inevitável, tendo a pessoa à impressão clara de que estava dormindo e acordou de repente, remodelando as redes neurais que estavam desconexas, fazendo com que o neocórtex (pensamento e intelecto), o sistema límbico e o tálamo (sensação e emoção) e o bulbo raquiano (intuição e inconsciente) se comuniquem. Restabelecida esta conexão, costumamos sentir que "estamos salvos", no plural.



O TRANSE LEVA À PARANORMALIDADE. Os TIPOS de Paranormalidade são:



Telepatia - Faculdade onde o sensitivo mantém comunicação com outra pessoa à distância. Pode também se comunicar com espíritos, elementais ou "coisas".



Clariaudiência - Captação hiperfísica nos ouvidos humanos, podendo ser ouvidos até sons de outras galáxias.



Clarividência ou Miração - O sensitivo consegue ver o que se passa em outros planos, como seres ou "coisas" que dele se aproximam no campo astral.



Psicometria - Captação pelo toque das mãos em qualquer objeto ou superfície.



Psicografia – Capacidade paranormal de “receber mensagens por escrito” de outros planos (como os Ícones cantados nos Trabalhos)



Inspiração - O sensitivo consegue captar idéias que fluem pelo espaço, dentro de uma vibração semelhante à sua.



Intuição - Manifestação vinda do Mestre Interior.



Incorporação - Manifesta-se através do movimento do corpo, podendo haver também uma manifestação simultânea de clariaudiência e/ou de clarividência.



Transfiguração - Mudança de aspecto físico.



Hiperestesia Indireta do Pensamento (HIP) - "Leitura" do pensamento (através da linguagem corporal; capacidade de "ouvir" o pensamento à curta distância, poucos metros).



Pantomnésia - Capacidade do Inconsciente de se lembrar de tudo.



Talento do Inconsciente - Inteligência e raciocínio do Inconsciente.



EFEITOS ESPIRITUAIS DO ÊXTASE:



O Êxtase, do grego "ex stasis", significa literalmente "ficar fora", “estar fora”, isto é, "libertar-se" da dicotomia da maior parte das atividades humanas. Êxtase é o termo exato para a intensidade de consciência que ocorre no ato criativo. Não é algo irracional: é supra-racional. Une o desempenho das funções intelectuais, volitivas e emotivas, provocando instantânea mudanças de comportamento.



O cérebro ao entrar em Êxtase vai começar a funcionar em ondas celebrais TETA profundo, não raro inconsciente sem a Ayahuasca com o chá este estado fica plenamente concentrado intensamente e consciente. Quando inconsciente e porque entrou em DELTA, que sobre efeito do chá são poucos minutos, levando a experiência da imitação da morte.



O ÊXTASE elimina a separação entre objeto e sujeito alargando as fronteiras da consciência humana, levando o sujeito à CRIATIVIDADE.



Seus efeitos são:



Oferece a certeza, a sensação de que “nada pode nos acontecer que já não nos pertença, guardado no nosso ser mais secreto”.



Unidade, pois o individuo sente que a separação entre ele e um objeto exterior não se faz mais presente, embora saiba, ao mesmo tempo, que, num outro nível ele e os objetos (animados e inanimados) estão separados.



Transcendência do Tempo e do Espaço, ao experimentar a sensação de eternidade ou infinidade.



Altruísmo (transcendência do EGO) e sentimento de Humildade, pois a pessoa está mais capacitada a ouvir seu SER interior, superando a ansiedade, a inibição, a defesa, o controle, o conflito da loucura e da morte, e isto vale dizer que o medo diminui na vida pratica.



Profunda sensação Interior de positividade, despertando alegria, bem-aventurança e PAZ.



Sacralidade, o respeito e admiração em relação à presença de realidades inspiradoras.



Objetividade e realidade, dadas pelos insights, ou iluminação a nível não racional, obtida por experiência direta



Paradoxalidade, experiências místicas que podem ser contraditórias, como “O Eu Existe e Não Existe”.



Persistentes Mudanças de Comportamento em relação ao EU, em relação à VIDA, em relação à própria experiência mística.



Livre-arbítrio ampliado devido à sensação de estar ativo, de se tornar o centro criativo de suas próprias atividades e de suas próprias percepções, mais autônomo, um agente livre, desta forma ampliando os próprios horizontes e conseqüentemente o LIVRE-ARBÍTRIO.



SOBRE A PURIFICAÇÂO:



PURIFICAÇÂO é o nome dado ao processo de descondicionamento de antigas couraças, musculares e psíquicas, tanto no plano físico, como no plano do corpo astral.



A PURIFICAÇÂO pode ocorrer em qualquer momento do Trabalho, ela atua tanto física, quanto mental e espiritualmente, através das aberturas do corpo.



Os Xamãs a chamam "Peia", ou "Chicote de DEUS". Ela desbloqueia as nossas resistências físicas, há muito enraizadas nos músculos, como também a RESISTÊNCIA interna a mudanças, ao novo.



A) A PURIFICAÇÂO PROMOVE ELIMINAÇÃO DE FLUÍDOS EXISTENTES NAS DOBRAS DO ESTÔMAGO QUE GERAM DOENÇAS. É crença geral que no momento em que contraímos a IDÉIA de uma doença ou de um mal, seja ele qual for, este pressentimento impregna o ar e vem em nossa direção, criando a energia geradora daquele mal, gerado nas entranhas dos intestinos. Enquanto esta energia não for expelida, a doença não pára de ativar seus efeitos, atraindo coisas específicas daquela vibração para o nosso corpo.



B) A AYAHUASKA PROMOVE A PURIFICAÇÂO NA LINGUAGEM-PENSAMENTO. Devido à fragmentação da linguagem (que provoca a desestrutura do pensamento) os pensamentos e as emoções se fragmentaram, causando grande dano mental e emocional, seja por qual razão ocorra. Quais os EFEITOS desta fragmentação e como agem em longo prazo? Agem sozinhos, nas horas menos previsíveis: parecem ter vontade própria. É o VERBO em estado caótico procurando se acomodar na nova ordem mental da mistura das letras geradas no mecanismo automático do pensamento.



C) A AYAHUASKA PROMOVE A PURIFICAÇÂO NAS FORMAS FRAGMENTADAS DE EMOÇÕES.



Trata-se de formas de EMOÇÃO não domesticadas, desprendidas e atraídas pela EMOÇÃO e que ganham vida pela palavra. São o que figuradamente podemos chamar do lixo das palavras que sobraram no plano mental coletivo.



OUTROS EFEITOS DA AYAHUASKA:



DIMINUI A DEPRESSÃO, religando ao Principio Divino, gradualmente.



AJUSTA OS CORPOS SUTIS, pois são sete os planos de manifestação da vida neste planeta que nos permitem viver num corpo físico. Os sete planos, juntos, compõem o nosso corpo astral. A religação consiste em ajustar ou religar os sete corpos sutis criando HARMONIA, que se manifesta, no campo físico, pela harmonia entre pensamentos, sentimentos e a linguagem ou fala.



ATIVA a MEMÓRIA, estimulando os neurônios. Para isso são usados cantos arcaicos, de sílabas sonorizadas, que expressam a linguagem simbólica e têm como objetivo trazer as forças da Natureza e do Cosmos para a experiência humana que, desde o começo de sua presença na Terra, insiste em restabelecer o contato com o Divino.



O canto reconecta a Memória com o Sagrado, principalmente quando pronunciamos as sílabas dirigidas para o topo da cabeça. Está técnica ajuda a diminuir os pensamentos "vagabundos" que povoam a nossa imaginação.



Os CANTOS ou ÍCONES são usados no sentido de buscar a consciência das palavras e das estruturas lingüísticas, com percepção clara do Poder da Linguagem formulada pelo cérebro, assim como da Palavra dita em Voz Alta. Estudando a estrutura das palavras saberemos porque um povo age de determinada maneira e não de outra forma.

A música é capaz de ativar o fluxo de memórias acumuladas, através do "corpus callosum" - uma porção de fibras que ligam os hemisférios direito e esquerdo do cérebro - ajudando ambos a trabalhar em harmonia, estimulando as endorfinas, opiáceos naturais segregados pelo hipotálamo, que produzem um sentimento de embriaguez, como o de estar apaixonado.



Ajustando desta forma a emoção e a razão, acabamos de vez com a guerra existente entre estes dois lados da cabeça. Não há como acabarmos com as guerras exteriores e mundiais se não acabarmos primeiro com as desavenças dentro de nosso próprio cérebro.



O SOM DO MARACÁ COMO ELEMENTO DE RESTAURAÇÃO:



Nas técnicas xamânicas usam-se os Maracás, pois eles possuem o poder de restauração da saúde, eliminando obsessões de origem astral vindas de forças estranhas ao ser humano. Esses obsessores tanto podem ter origem em elementos da natureza, como em pensamentos das pessoas, e acabam ganhando vida própria.



O resultado geral do uso da Ayahuaska pode ser descrito como a pacificação gradual da personalidade, diminuindo a ansiedade, eliminando o mau humor, e equilibrando o sistema nervoso – a razão e a emoção.





Retirado do site www.universomistico.org

Postado por Adriano Saran (saran@pubdesign.com.br)

Daimista há 2 anos"