sábado, 24 de abril de 2010

Lilith - Além das faces de Eva

 L I L I T H

A Donzela Negra

 


"Ninguém te conhece.
Ninguém.
Mas eu te canto no seu perfume e na sua graça
 para a posteridade.
E me encanto com a forma como persegues
a morte e sua coragem jubilosa..."
(Garcia Lorca)

"No alto do ramo mais alto, uma tão rosa maçã.
Mulher.
 Esqueceram-na os apanhadores de frutas?
Não.
Mãos não tiveram para a colher..."
(Safo)

Não é preciso consenso, nem arte, nem beleza ou idade:
 a vida é sempre dentro e agora.
(Lya Luft)

Lilith, é uma variação hebraica (e não judaica)
da deusa sumeriana Lil 
que significa "tempestade" -,
muitas vezes reconhecida como a outra face de Inanna.
Seu nome também parece estar relacionado à "coruja", provavelmente pelos seus hábitos:
uma sinistra ave de rapina que se precipita,
 silenciosa, na escuridão, e que, não obstante,
também simboliza a sabedoria.
Por outro lado, o mito hebreu fala de como Lilith
que foi moldada de terra e esterco,
provavelmente querendo refletir
o potencial da terra adubada - o que a relaciona, também, com a SEXUALIDADE e FERTILIDADE.
A história que podemos lembrar de Lilith começa com Innana, a neta da deusa Ninlil, conhecida como
"Rainha dos Céus".
 A história de Innana e Enki nos fala dos costumes sexuais sagrados, que são a dádiva de Innana para a humanidade.

Em seus templos se praticava a prostituição sagrada e suas sacerdotisas eram conhecidas como Nu-gig.
Os homens da comunidade buscavam a Deusa nessas sacerdotisas e o ato sexual era sagrado, proporcionando a CURA FÍSICA E ESPIRITUAL. Nessa época, o nome de Lilith era o da Donzela, "mão de Innana", que pegava os homens nas ruas e os trazia ao templo de Erech para os ritos sagrados.

Entre 3000 e 2500 a.c., os sumerianos passaram a ter contatos com culturas patriarcais. Estas, para poderem dominar aquele povo, sabiam que deveriam atacar seu maior centro de poder: o templo do sexo sagrado.
Para que a conquista dos sumérios pudesse ter lugar, as culturas patriarcais interessadas começaram a disseminar as idéias de repressão sexual, combatendo como malignas as práticas sexuais milenares dedicadas à Deusa.

As práticas sexuais se tornaram então parte da sombra,
o poder da mulher foi identificado
com o mal e o demoníaco...
Daí, através dos séculos, a Donzela Lilith,
que buscava os homens
para o Templo de Innana, se tornou no patriarcado o símbolo do mal supremo.
Ela encarna de todas as formas e por milênios o medo atávico do homem
do poder sexual da mulher.
Mais ou menos em 2400 a.c. Lilith, o Espírito do Ar,
foi distorcida como a primeira mulher de Adão,
 como encontramos em muitos mitos,
como um demônio, que foi expulsa do Jardim do Éden. Lillith não é, originalmente, da mitologia cristã ou judaica (e muito menos bíblica - e por isso nem é mencionada nela).
Os hebreus não eram monoteístas como os judeus.
Até pelo contrário: eram politeístas.
E pautavam sua vida pessoal e comunitária
 pelos ciclos sazonais
- o que os torna também pagãos. Só após a invasão e destruição de Israel pelas forças babilônicas, no século VI a.C., é que começa a surgir o Judaísmo,
mais ou menos como hoje o conhecemos - monoteístas e patriarcais.
Os primeiros capítulos da Bíblia (Gênesis 1 a 3) não são os escritos mais antigos desse livro. Sua articulação final data mais ou menos do fim do Exílio na Babilônia e,
portanto, traz uma profunda rejeição a tudo que fosse ligado ao "inimigo".
A Árvore da Vida, a Serpente e até a própria
figura da Mulher são tratadas com menosprezo
exatamente para estabelecer uma distinção.
No entanto, é interessante lembrar que o significado do nome "Eva" é "MÃE DE TODOS",
e Adão significa "FILHO DA TERRA" - e isso já é suficiente para estabelecer sua antigüidade em relação à própria Bíblia. Certamente trata-se de um mito passado de geração em geração, via oral (como de hábito naqueles povos),
que falava de uma GRANDE MÃE e de seu Filho.
Os autores bíblicos inverteram a situação, transformando Adão praticamente num "Grande Pai" e Eva em sua "filha",
posto que ela surge a partir dele - evidentemente, para tornar legítima a postura patriarcal que estavam adotando. Da mesma forma, a Árvore e a Serpente - que sempre foram símbolos da Grande Deusa no Oriente - torna-se,
na Bíblia, representações do Mal -
e é ai que o mito de Lilith pode ser melhor compreendido.
Obviamente, uma transição desse porte não aconteceu sem brigas, discussões e resistência por parte das mulheres. Submetê-las ao patriarcado deve ter sido um trabalho difícil e que demorou várias gerações. As mais resistentes muito provavelmente viram no mito de Lilith toda a sua força ideológica - o que também deve ter causado a reação contrária de transformá-la em um Demônio e mãe de todos os demônios.

Lilith transparece, no mito hebreu, como a mulher livre, sensual, sexual e até certo ponto selvagem.
Aquela que não se submete a nenhum homem,
mas SEGUE SEUS INSTINTOS E DESEJOS.
Por isso ela é representada sobre leões
- símbolo da força masculina.

No fundo, é a mulher que todo homem deseja,
mas que também teme, e por isso mesmo, parece um "demônio tentador".
Lilith, na tradição matriarcal, é uma imagem de
 TUDO O QUE HÁ DE MELHOR NA SEXUALIDADE FEMININA
- A NATUREZA DA MULHER,
O PODER DO SANGUE MENSTRUAL,
que é o poder da Lua Escura.
O período normalmente dedicado a Lilith, naquela época, era exatamente o período menstrual. O momento em que as mulheres poderiam ter relações sexuais livres da possibilidade de gravidez e, por isso, tais relações estariam exclusivamente ligadas ao prazer (e não à procriação, como era a perspectiva patriarcal). Assim, muitas vezes, se referiu a essa Deusa como o "Espírito Menstrual".

A reação judaica foi muito rápida e fulminante: transformou em pecado e tabu o sexo no período menstrual - uma artimanha para solapar o culto a Lilith.

A segunda foi criar "regras" para a relação sexual - particularmente, regras que garantiam o prazer masculino, mas negava e proibia o prazer feminino.
Nesse quadro, Lilith figurava para as mulheres como a experiência sexual capaz de integrar mente e corpo (pois estava livre da gravidez), abrindo um caminho para os tesouros misteriosos do submundo feminino. É encarada como a mulher positiva e rebelde, a que não aceita os padrões patriarcais que marcam a menstruação
com dores e vergonha.
Conhecer a figura de Lilith é lembrar de um tempo no passado antigo da humanidade em que as mulheres eram honradas pela INICIAÇÃO SEXUAL,
onde expressavam sua LIBERDADE E PAIXÃO NATURAL.
Hoje, depois desses séculos todos de um
 patriarcalismo opressor,
Lilith volta como uma DEUSA NEGRA, ou seja, a energia feminina trancafiada nos calabouços da psiquê de toda a humanidade:
para os homens, ela é um desafio;
para as mulheres, um arquétipo.
O que significa reivindicar os poderes de Lilith
para a mulher de hoje?

Na literatura mítica antiga havia 3 Liliths
que refletiam as fases
de lua crescente, cheia e escura:
A Lilith crescente era Naamah, a Donzela Sedutora

Donzela é a mulher indômita, selvagem, livre, vibrante de energia, imprevisível como o vento.
 Sua resposta à vida é espontânea, vívida.
Totalmente objetiva.

 Por mais bela que possa ser,
 não anseia por estabelecer relacionamento,
 mas para avaliar, experimentar e descobrir suas próprias formas de ordem.
A mulher mais velha pode ter sido limitada ou reprimida na juventude,
e pode reivindicar a Donzela, conscientemente, para libertar seu espírito e encontrar a sua direção.
Muitas crises de meia-idade são forjadas por uma Donzela enclausurada e confinada, precipitada muito cedo num casamento convencional, sem oportunidade de explorar alternativas na sexualidade ou na carreira.
Mulheres em motocicletas, em laboratórios, estudando as florestas e matas, dançando num palco, discursando na plataforma política
 elas são a Donzela.

A Lilith Mãe era Nutridora




Na primavera ela abre seu corpo-terra para gerar crescimento novo e brilhante. No verão, ela envolve com braços protetores a terra ardente. Na época da colheita ela espalha amplamente sua generosidade, e, à medida que o frio aumenta, ela aconchega os animais em suas tocas no inverno, puxando as sementes para o profundo interior do seu útero até que volte a época do reverdecimento.

A Donzela pode inspirar nossos atos criativos,
mas a Mãe está presente quando os produzimos.

E havia a Lilith Anciã, a Destruidora

Embora a Donzela seja procurada e a Mãe respeitada, a Anciã recebe pouca atenção.
Mas é na Anciã que o poder feminino realmente se torna COMPLETO.

A Anciã é SÁBIA, observadora, tecelã, conselheira.
Conhece os caminhos entre os mundos. Isso pode fazer dela uma personagem desconfortável, mas é um repositório de sabedoria feminina, do conhecimento acumulado da mulher que não menstrua mais, porém
MANTÉM DENTRO DE SI O DEPÓSITO DO SEU PODER.

Na primeira, devemos confrontar as maneiras pelas quais nós somos reprimidos, buscando recuperar nossa dignidade. Na segunda, devemos integrar o desespero que vem de nossa rejeição, angústia, medo, desolação; e na terceira descobrimos o poder da transmutação e da cura dela decorrente, uma vez que ela corta nossas falsas retenções, desilusões e nos ajuda a encontrar nossa essência
livre e selvagem.
Como vimos a mulher na sociedade patriarcal foi proibida de ter o acesso ao orgasmo e ao prazer sexual, que eram sagrados e naturais logo jamais poderiam ser considerados parte do mal. O problema é que AINDA as mulheres seguem as regras de como fazer sexo e quando (não fazendo quando estão mestruadas) e sentem até vergonha do próprio sangue mestrual...Tal coisa com toda certeza é resquício da dominação patriarcal ao espírito místico e Natural da Mulher (como Deusa e Sacerdotisa e posteriormente Feiticeira). O medo do poder da mulher é tão grande e tão enraizado em nossas culturas que não é dada nenhum ou pouco valor a dádiva da Mulher como Geradora da Vida e da Maternidade e os homens é dado todo valor pelo fato de terem "feito" um filho na sua esposa e agora serem um pai ....Como se qualquer gato vagabundo não pudesse fazer a mesma coisa!

A Mulher que forma em si a criança, desenvolve seu corpo e alimenta seu espírito com parte de sua energia durante as semanas da gravidez e que aguenta as dores do parto e dá a luz a sua criança , a imagem da Deusa Mãe que gera a Criança Divina que um dia será o homem adulto que deveria honrar a Mulher e sua dignidade para poder de novo ter acesso ao Grande Espírito...A Grande Mãe que liga a alma e o corpo da mulher e do homem...E que dá ao Homem ( verdadeiro e não o Pai-Macho que impera em nosso dias) o valor e a sabedoria...

A mulher precisa se reconectar com seu Espírito de Sacerdotisa que por consequência a torna Deusa e sagrada mediadora das forças cosmologicas e teluricas, conhecedora do corpo de Gaia, a Terra Mãe que gerou sozinha todo o universo...E cujo corpo fisíco a Terra deveria ser honrado e respeitado e não degradado, usado e temido...Tal como a Mulher!

 
LILITH, A SENHORA DA LUA ESCURA


 
ORAÇÃO DE LILITH

Que eu jamais seja controlada

nem pela luz nem pelas trevas

sou a manifestação da Deusa na terra

que não aja fogo ou fogueira capaz de me deter

que jamais aja forças no patriarcado para me controlar

pois sou um ser livre

sou uma mulher-serpente

sou filha do sol e da lua

por isso não posso ser controlada

posso ser conduzida pelo Poder da Mãe

mas jamais controlada

não existem forças no céu ou na terra

capaz de me deter

pois sou uma mulher indomada

sou o principio feminino

sou Lilith

que assim seja e assim se faça


Palavra de Lilith:
"Por que devo deitar-me embaixo de ti?
 Por que devo abrir-me sob teu corpo?
Por que ser dominada por ti?
Contudo, eu também fui feita de pó e
por isso sou tua igual "

Lilith, intimamente associada aos Vampiros e às bruxas,
é um espectro que paira sobre a religião judaica.
No ato sexual ela ficava por cima de Adão,
e não quis ser subjugada pelo macho, daí sua revolta.
Este fato retrata, talvez, a transição, dos cultos a Deusa para o Deus judaico, de uma sociedade agrária ou coletora para uma pastoril.
Este fato se repetiu inúmeras vezes pelo mundo
(com isso não estou falando de sua existência objetiva,
mas sim subjetiva, mas com exteriorizações).
Lilith, em sua origem, deve ter sido um arquétipo da grande deusa mãe, que tentou resistir a invasão do patriarcado. Possivelmente Abel, o pastor, foi sacrificado a esta grande mãe.
Mas as coisas não foram tão fáceis para os pastores patriarcais. Muitas mulheres judias ficaram fascinadas pelo culto à grande mãe.
Um bom exemplo é a história de Sodoma e Gomorra.
Lot foi expulso da cidade, vejam esta passagem:
"o povo de Sodoma cercou a casa de Lot, do mais velho ao mais jovem.
 E eles proferiram: que se vá embora, um estranho, que veio morar conosco e agora quer ser um juiz?".
Com isso fica claro que eles não eram judeus
(os habitantes de Sodoma),
e que a alegoria da conversa entre Lot e Deus
é um acréscimo posterior.A parte mais curiosa tem a ver com a mulher de Lot, que não quis acompanhá-lo, pois possivelmente preferiu ficar com o culto à Grande Deusa. Ou seja, a história de virar uma estátua de sal é mais uma alegoria. Lot afogou suas mágoas com as duas filhas em uma relação incestuosa.O nome Lilith vem da Mesopotâmia, encontrada nas civilizações sumeriana, acadiana e babilônica, onde há várias divindades nas quais ocorre o fragmento "lil" como, por exemplo, os deuses Nilil, Enlil entre outros.Belit-ili, Lillake, a cananéia Baalat, a Divina Senhora são alguns de seus nomes. Nas representações mais antigas de Lilith ela aparece como Lilake (cidade de UR 2000 A. C).Lilith está intrinsecamente associada à coruja, sendo representada como uma mulher sedutora, torneada, de seios bem formados e suculentos, uma yoni* (Nota: vagina) que exala o perfume do amor, com pés de coruja e asas.
Na literatura hebraica, ela é a primeira mulher de Adão.
Ao que tudo indica para a cabala, (Zohar) o deus judaico criou Lilith e Adão como gêmeos.
 Ela queria igualdade para com ele, mas lhe foi negada.
Ela não se subordina a Adão,
e conseqüentemente incorre na ira do deus.

LIBERTAÇÃO FEMININA

Lilith é o arquétipo da mulher indomada,
que luta apaixonadamente pelo poder pessoal.
Suas características são destemor, força, entusiasmo e individualismo. Ela é atividade e exuberância emocional. Para as religiões patriarcais, é a personificação
da luxúria feminina, uma inimiga das crianças que atua de noite, semeando o mal e a discórdia.
Em Isaias, ela é chamada de "a coruja da noite".
No Zohar, é descrita como
 "a prostituta, a maligna, a falsa, a negra".



"Lilith aparece em nossas vidas para nos dizer que é hora de assumirmos o nosso poder.
Você tem medo de assumi-lo?
Você é daquelas pessoas que não sabem dizer "não"?
Tem medo de perder sua feminilidade
se tiver o poder em suas mãos?
Você teme ser afastada(o) ou banida(o) pelos outros
quando estiver em exercício de seu poder?
Está com medo de fazer mau uso dele,
dominando ou manipulando os outros?
Lilith diz que, agora, para você, o caminho da totalidade está em reconhecer que não está ligada ao seu poder e, então, em segundo lugar, submeter-se e aceitar este poder."

RITUAL DE PODER



CERIMÔNIA DE CORTAR A CORDA



Este ritual é excelente, eu já o realizei e consegui ativar poderes interiores antes, totalmente ignorados. Você deve realizá-lo de acordo com o ciclo lunar. O tempo certo para você colocar as cordas é um dia depois da entrada da LUA CHEIA (sempre à noite). Para cortá-las é no dia em que entra a LUA NOVA (sempre à noite). Cuide para não errar a lua, pois pode fazer muita diferença!



Para esta cerimônia você precisará de uma corda ou barbante, uma tesoura e um queimador de incenso e um caldeirão ou uma fogueira. O ritual pode ser feito a sós ou com um grupo de pessoas.



Deverá ter em mente três situações em que foi-lhe solicitado o uso de poder, mas você não conseguiu exercê-lo, por medo, insegurança, crenças ou qualquer outro motivo. Em seguida agende a data para colocar as cordas.



Você deve traçar um círculo (com pedras, sal ou o que achar melhor). Abra os portais e peça gentilmente que seu animal de poder esteja presente. Quando estiver pronta(o) pegue a corda e corte do tamanho que corresponda ao lugar do corpo que pretende amarrá-la. Por exemplo, se você está com algum bloqueio que a (o) está impedindo de caminhar com todo seu poder, você deve amarrar a corda em torno dos tornozelos. Se você estiver com problemas de expressão, deve amarrá-la na garganta. Se tem medo de que a sua sexualidade a(o) impeça de manifestar o seu poder, amarre a corda nos quadris. No momento em que estiver amarando a corda, afirme o significado dela. Durante os dias que separam a colocação e o corte das cordas, você deverá diariamente concentrar-se em cada uma delas e no que elas representam, olhando-as e sentindo-as junto à pele.



Na noite de cortar as cordas, peque o queimador de incensos e o caldeirão, fósforos e uma faca ou tesoura. Trace o círculo, acenda o incenso (pode ser de alecrim) e chame seu animal de poder. Você deve tocar selvagemente o tambor e gritar o significado das cordas. Se não quiser chamar a atenção dos vizinhos pode falar mentalmente. Sente-se em frente ao caldeirão e corte as cordas confirmando o significado de cada uma delas. Jogue-as dentro do caldeirão e queime-as. Sinta o fluxo do poder enquanto observa cada uma delas transformar-se em fumaça. Respire fundo e sinta sua nova noção de poder. Se você traçou um círculo, libere o que foi chamado para fazer parte dele com gratidão. Agradeça a Lilith por lhe apontar o caminho para o seu próprio poder.




Em pleno século XXI, o interesse pelo mito da Deusa Lilith, reside na possibilidade de se representar e constituir uma nova mulher, a qual se sente identificada com as figuras evocadas por suas tradições culturais.

 

MEDO DO FEMININO

Toda a ideologia do patriarcado concebe o "feminino" como uma força irracional destrutiva. Entretanto, a desvalorização do Feminino deve ser entendida como uma tentativa de superação do medo do Feminino e de seu aspecto perigoso como a "Grande Mãe" e como a "anima".



No patriarcado, o inconsciente, o instinto, o sexo e a terra, enquanto coisas terrenas, pertencem ao "feminino negativo", ao qual o homem associa a mulher, e que todas as culturas patriarcais, até o presente momento, a mulher e o Feminino têm sofrido sob a atitude defensiva e o desprezo masculinos.



Essa avaliação negativa não se aplica apenas ao caráter elementar e ao aspecto matriarcal, mas igualmente ao seu transformador. Para o homem, que considera-se "superior", a mulher se torna feiticeira, sedutora, bruxa, e é rejeitada em virtude do medo associado ao Feminino irracional. O homem denuncia o Feminino como escravizador, como algo confuso e sedutor, que pode colocar em risco a estabilidade de sua existência. Ele rejeita o feminino, especialmente porque ele o prende no casamento, na família e na adaptação à realidade, e o confunde quanto o pensar de si próprio. Como o indivíduo do sexo masculino é dominado pelo elemento espiritual superior, ele foge da realidade da terra e prefere ascender rumo ao céu.



O resultado dessa postura unilateral, torna o homem não integrado que é atacado por seu lado reprimido e em muitas vezes sobrepujado por ele.


A negativização do Feminino não deixa que o homem experiencie a mulher como uma igual, mas com características distintas. A conseqüência da altivez patriarcal leva à incapacidade de fazer qualquer contato genuíno com o Feminino, isto é, não apenas com a mulher real, mas também com o Feminino em si, com o inconsciente.



Enquanto o indivíduo do sexo masculino não deixar desenvolver o Feminino (anima) em uma psique interior, jamais chegará a alcançar a totalidade. A separação da cultura patriarcal do Feminino e do inconsciente torna-se assim, uma das causas essenciais da crise de medo que agora se encontra o mundo patriarcal.


A DEUSA LILITH




(...)“Psicologicamente, em todos os seus aspectos,
Lilith parece representar facetas do feminino que foram suprimidas. A sua natureza manifesta-se como uma Desordem de Múltipla Personalidade em que aspectos do feminino foram estilhaçados, e algumas dessas partes são etiquetadas como boas e outras como más.



Individual ou colectivamente, a maneira como isso se apresenta depende do contexto. Lilith pode ser um anjo rigoroso e severo, ou um demónio colérico. Algumas vezes ela está zangada e é vingativa, outras vezes ela tem o poder de retomar o seu estatuto correcto de parceira em igualdade. Os astrólogos que usam Lilith, em qualquer das suas formas, acreditam que ela revela feridas relacionadas com o poder feminino, tanto em homens como em mulheres. Reconhecer que há algo a que foi negado acesso, é um primeiro passo para restaurar o equilíbrio. Podemos imaginar que destino teria sido o da humanidade se Adão e Lilith se tivessem entendido.Lilith saiu do jardim e consequentemente a sua natureza e poder descontrolado passou a ser temido e foi declarado mau. A história de Lilith encarna o que ocorreu nos mitos ao longo dos tempos à medida que as culturas que veneravam antigas deusas foram eclipsadas pelo patriarcado emergente. [Dos três mitos referidos acima] Personificando a Árvore da Vida, Lilith é um exemplo de quantas divindades femininas foram demonizadas. Nos tempos modernos, à medida que o pêndulo retorna no seu movimento,
Lilith tornou-se um ícone de poder feminino.”



De volta ao jardim... No Éden existiam duas árvores.
 Eva, criada para substituir Lilith, agarrou no fruto da outra árvore, a Árvore do Conhecimento. Ela foi acusada pela Igreja, e com ela, todas as mulheres, pelos pecados do mundo. Descodificar o significado simbólico da serpente, antigo e difundido símbolo da sabedoria feminina, é fundamental para compreender os níveis mais profundos da história da humanidade. Na Cabala, a tradição mística do judaísmo, a serpente sobe pela Árvore da Vida para retornar à fonte.A natureza fragmentada e confusa de Lilith, no mito e na astrologia, pode reflectir as maneiras como as nossas escolhas fracturaram a psique humana, e ela pode deter a chave que poderia abrir possibilidades de cura. Furar o véu da persona enigmática de Lilitih pode dar aos homens e mulheres modernos uma energia que confere poder e que é muito necessária no mundo de hoje. Alguns simbolistas sugeriram que a Idade de Aquário pode ser simbolizada por jardins e por uma Terra mais verde. À medida que a consciência humana se expande, creio que todos beneficiaríamos se redimíssemos a nossas naturezas separadas.



Integrar todas as partes da nossa feminilidade, incluindo a sexualidade e os mistérios da velhice e da morte, poderia tornar-nos mais fortes e sábios ao enfrentar os actuais desafios ambientais.”

“Lilith: Deusa, Demônio ou Lua Negra da Terra”



domingo, 11 de abril de 2010

Despertando para sua Deusa


A MULHER DESPERTADA
PARA SUA DEUSA INTERIOR,
CAMINHA SERENAMENTE ENTRE
A DOR E AS VERDADES DA ALMA,
CONSCIENTE DA META ESTABELECIDA
E DA PLENITUDE A SER ALCANÇADA.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Deusa Sekhmet


 SEKHMET
SENHORA DAS FERAS



"Eu queimo e solto fogo

e arremesso dardos dos meus olhos

Eu estouro e rujo

minhas arestas são afiadas

e eu corto fundo

minha energia é forte e fogosa

e meu desagrado

tem de ser manifestado.

Embora algumas vezes eu seja gentil

posso ser muito emotiva.

Uma vez provocada

sou difícil de descartar.

Sou sempre adequada

sempre necessária.

Não tente livrar-se de mim.

Preciso ser reconhecida e ouvida.

EU SOU A RAIVA."




Visualize a imagem desta Deusa-Leoa, cheia de glória,
no comando de suas forças e sexualidade.


Sekhmet se oferece para guiá-lo no desbravar dos segredos
 e mistérios da vida,
 pois ela não é somente guia,
 mas também protetora.
Ela saltará para o seu interior e o ajudará a entender e lidar
com a RAIVA.


Você aprendeu que é feio ter raiva
e agora acha que é difícil expressá-la?
Pois saiba que não é bom reprimi-la,
pois a raiva pode acabar sofrendo um processo acumulativo,
 e quando menos você espera
 ela deixa de ser RAIVA
 e pode transformar-se em ÓDIO.
O ódio sim é um poderoso instrumento sem qualquer controle.


Sehkmet vem nos dizer que a raiva faz parte da nossa força.
 Portanto, não desperdice a sua raiva.
 Aprenda a expressá-la de modo que ela possa ser
 ouvida e entendida.
Aprenda a transformá-la em algo bom,
de modo que ela lhe fortaleça e lhe gere energia.



O caminho para a totalidade será vital
quando você fizer da raiva uma aliada.
 Sekhmet com cabeça de leoa era temível.
Reinava sobre grupos de gênios emissários
armados com instrumentos cortantes,
que percorriam à terra trazendo consigo
a doença, a fome, a morte,
sobretudo durante os períodos delicados do calendário,
nas épocas de transição em que o mal se precipita:
a passagem de um ano para outro,
o fim de uma década,
o fim do mês
 e até o fim do dia
 e o início da noite.
Para apaziguar o furor da Deusa,
era preciso utilizar um amuleto
ou uma estatueta que a representasse.
A força maléfica transformava-se então em benéfica,
o poder desembaraçava-se das suas escórias.


No último dia do ano a Deusa era invocada
e palavras eram recitadas sobre um retalho de linho fino,
no qual estavam desenhados os Deuses.
O mago oferecia-lhes pão e cerveja,
queimava incenso,
fazia doze nós e colocava o tecido no pescoço
 de quem desejava ser protegido.




Sob o reinado de Amenófis III foram esculpidas
 muitas estátuas da Deusa Sekhmet.
A Deusa é qualificada como
 "aquela cujo poder é tão grande quanto o infinito".
Os epítetos presentes nas estátuas
formam uma litania gigantesca que evoca uma Sekhmet-chama que repele a serpente
e combate os inimigos do faraó.
Uma força como esta é difícil de se manipular,
porque pode destruir o mundo.
Mas é graças a ela que o faraó conserva sua vitalidade.
 Está vivo entre os vivos,
na condição de que Sekhmet seja apaziguada e dominada.
Eis o motivo por que as estátuas de Sekhmet
protegiam o acesso aos lugares sagrados,
proibindo aos seres impuros e incapazes a entrada nos templos.


O ano ritual era encarnada pela serpente "uraeus" que,
para simbolizar a multiplicidade dos dias,
se desdobrava em 365 serpentes dispostas em torno da coroa real.
Há 365 estátuas de Sekhmet:
em cada dia é necessário conquistar os favores da Deusa
para que ela dispense uma energia positiva e proteja o faraó,
o templo e até as moradias dos particulares.


MITOLOGIA

Rá, deus do Sol e soberano do Egito,
 reinava em sua cidade Annu
em um esplendido palácio
a bordo de sua suntuosa barca.
Mas os milênios foram passando e Rá envelheceu
 e seus súditos ao vê-lo observavam:


 "Vejam como nosso Rei envelheceu!
Seus ossos são prata, sua carne ouro
e seus cabelos de autêntico lápis-lazúli."


Tal desrespeito indignou tanto o Rei,
que um belo dia ele resolveu punir a humanidade.
Convocou o "Concilio dos Deuses"
para votarem e decidirem o que fazer.


Assim que o olho de Rá voltou-se contra os blasfemadores
e eles fugiram, como previsto, para o deserto.
Rá resolveu então chamar a Deusa Hator
e a transformou em Sekhmet (A Poderosa),
feroz Deusa da guerra com cabeça de leão,
que partiu em busca dos fugitivos.


Sekhmet, ávida por sangue e fora de controle,
promoveu tamanha carnificina
que pôs em risco a continuidade da humanidade.
Rá preocupado,
sabia que deveria agir rápido
para que tal desgraça não acontecesse.
Enviou então, mensageiros a Elefantina
para que colhessem uma enorme quantidade
de uma espécie de grão vermelho,
que foram acrescentados a sete mil jarras de cerveja,
para que tivesse o aspecto de sangue humano.
 Tal mistura foi imediatamente despejada e espalhada nos campos onde a Deusa pretendia prosseguir com a matança.


Na manhã seguinte,
quando ela apareceu e viu a inundação
 e seu belo rosto refletido no líquido,
não resistiu,
 bebeu muito do estranho líquido e embriagada
acabou dormindo.


Ao acordar,
sua fúria havia passado
e a terrível bebedora de sangue se transformara na gata Bastet,
a bebedora de leite.


A Deusa Sekhmet,
era portanto,
uma Divindade de três rostos
(Hathor-Sekhmet-Bastet)
e era adorada sob o nome de "Deusa do Norte",
porque um de seus templos mais célebres,
foi erguido no Norte do Egito.
Era a Deusa do Sangue que presidia a guerra e a medicina. Alguns sacerdotes-médicos,
reivindicavam o título de "Sacerdotes-de-Sekhmet-a-Leoa"
e exerciam sua arte só no recinto do templo de Mênfis.


Sekhmet é uma divindade antiga
cuja personalidade é difícil de captar,
 porque ela pode ser
a Vaca cósmica (Hathor) que dá à luz ao Sol
e também a Leoa (Sekhmet)
e a Gata (Bastet).
Em Bastet, por exemplo, o que predomina é a doçura.

 


DEUSA DO SOL


O Sol é o símbolo da manifestação de energia pura.
Da luz solar depende o nosso metabolismo.
O Sol é o centro de toda a existência
e provedor de todo o tipo de vida.
 Sekhmet, a nossa Senhora do Sol.
 Ela corresponde também ao ponto cardeal SUL
e ao elemento FOGO.
Ela representa tanto o fogo da paixão,
como também o fogo da raiva da leoa-mãe
que protege seus filhotes.
Sekhmet é o fogo da vida que existe em cada um de nós.


"Você é da luz e a luz é de você.
A luz está dentro de você e além de você."
Cair nas graças de Sekhmet
é compartilhar a universalidade da luz.


Como Sekhmet,
 possuidora do "o olho de Ra",
ela transformará a Terra
e como Hator a governará.

 
Sekhmet, Deusa Tríade de Mênfis era casada com Ptah,
Deus das artes e dos ofícios,
 que deu forma ao mundo.

Seu centro principal estava em Mênfis,
mas sua adoração também foi documentada
em Luxor, Karnak e sobre todo o Egito.
Sobre sua cabeça de leoa se observa um disco solar.

Quase 40 deusas são associadas com leoas.
 A cabeça de leoa é símbolo de força
e poder de destruição de inimigos.
É representada a maioria das vezes sentada em um trono,
com o pé esquerdo à frente,
sugerindo movimento.

 

Sekhmet foi profundamente temida por seus inimigos.
 Os ventos escaldantes do deserto eram sua respiração
 e os egípcios acreditavam que sua aura impetuosa
cercava seus corpos.
A praga e a peste foi criação dela.
Considerada como "Senhora da Vida",
foi considerada a "Patrona dos Médicos e Ortopedistas".


No período do ano em que os raios do Sol estão mais fracos,
Sekhmet mostra seu lado mais generoso.
 Ela jamais deve ser tratada sem reverência,
 pois Sekhmet merece o nosso maior respeito e consideração.
 Segundo a lenda egípcia,
 ela tortura as pessoas malignas e desrespeitosas,
mas é protetora dos fracos e desassistidos.


Seus poderes abrangem proteção,
banimento e destruição do negativo.


Como parte de um arsenal contra a morte prematura,
os egípcios usavam amuletos
que mostravam o olho curador de Hórus,
ou a imagem da Deusa Sekhmet.
No princípio pensava-se que esses amuletos eram funerários, porém, atualmente,
graças a umas escavações mais cuidadosas,
se pode encontrá-los também em jazida de assentamentos,
como nas casas de princípios do primeiro milênio a. C.
em Khemenu (Hermópolis para os gregos,
moderna Ashmunein no Egito Médio.
Portanto,
 acredita-se que amuletos com a figura de uma divindade
eram carregados em vida nesse tempo.




HORÓSCOPO EGÍPCIO

SEKHMET (16/03 ATÉ 15/04)
CONSTELAÇÃO ÁRIES


Sekhmet, considerada "o olho de Rá",
 é a Deusa que representa a guerra e a força.
Áries possui Marte como planeta regente,
o deus da guerra romano.


Os nativos de Sekhmet tem consciência de seu enorme poder,
da sua grande vitalidade e potência física.
Exercem imenso magnetismo,
possuem senso de organização,
são aventureiros ou inovadores.
 Entretanto,
as pessoas menos evoluídas nascidas sob a influência desta deusa podem ser violentos, precipitados e impulsivos.
Também são pessoas de bem pouca paciência
e não aceitam conselhos de forma passiva.


É aconselhável ter muito cuidado com o rigor dos excessos,
pois impulsos descontrolados podem acabar destruindo tudo
e todos a sua volta.
 O casamento para os filhos de Sekhmet podem levá-los
 à alcançar o equilíbrio.
 Nunca esqueça, que a energia e a força devem ser usadas
para construir o bem comum!

 


ARCANO DO TARÔ: A FORÇA
Sekhmet

Não é através da força física que dominamos
as circunstâncias da nossas vidas e nossos destinos,
mas sim à firmeza interior.
Esta lâmina, simbolizando a deusa Sekhmet,
simboliza o poder do espírito, a energia controlada,
a firmeza de caráter e a força do amor e da alma.
O pleno domínio destas forças
fazem com que haja o domínio da violência,
da agressividade e do instinto selvagem.

 

RITUAL DE DANÇA COM SEKHMET


Procure um lugar onde você não possa ser interrompido
e possa fazer barulho.
 Necessitará de um tambor, uma almofada ou um bastão.
 Você poderá sentar ou ficar deitado,
o que achar melhor.


Sente-se ou deite-se confortavelmente.
Respire e inspire bem devagar contando até oito por três vezes.
 Depois respire novamente e com os olhos fechados
 visualize uma bela praia.


Sinta o cheiro do mar, escute o barulho das ondas
e então perceba-se nela.
Sinta o calor do sol que brinca sobre sua pele
e a brisa fresca do oceano que a massageia.
Chame Sekhmet e peça-lhe que venha em seu auxilio
para ajudá-la a lidar com sua raiva.
Ela aparecerá e se sentará em frente a você.


Neste momento é hora de perguntar-se:
"De que eu tenho raiva?",
 e ouça a resposta.
Sekhmet lhe dirá para você buscar sua raiva de modo tranqüilo
 e assegura que, se você chamar ela virá.
Quando a encontrar, revivencie o incidente no qual você sentiu raiva, enquanto repete:
 "Estou com muita raiva".
 Diga qual o motivo de sua raiva.
Sekhmet testemunhará todo o acontecimento e dirá:
"Eu ouvi, você está zangada".


Ponha-se de pé em um lugar seguro da sua praia
e continue repetindo:
 "Eu estou com muita raiva".
 Se estiver com o tambor bata nele com força.
 Se preferir bater na almofada
ou usar o bastão para bater em algo,
faça-o.
Sekhmet está testemunhando toda sua raiva
e gostando de você por isso,
 pois a raiva é sua e você
TEM O DIREITO DE SENTI-LA.
 Vá fundo na sua raiva até senti-la
que ela aos poucos vai se amenizando
 e se transformando em outra coisa.

Para encerrar, respire fundo,
inalando toda a energia que você criou e transformou.
Você se sentirá energizado e revigorado
e então agradeça a presença de Sekhmet.
Ela lhe pedirá um presente,
que você dá de coração e em seguida seguirá seu caminho.
 

 
Respire novamente profundamente e abra os olhos.

 
Seja bem-vinda!




PEDIDO DE PROTEÇÃO

Por vezes precisamos de uma proteção rápida,
 mas não temos oportunidade ou tempo para efetuar
 um ritual completo de banimento.
Entretanto, se entoar esses cantos
com suficiente convicção e emoção,
 atrairá imediatamente a atenção da Deusa Sekhmet
e obterá assim o seu auxílio.


Apanhe qualquer talismã que esteja usando e entoe suavemente:



"Senhora do Leão, da Batalha e da Espada,

Sehkmet, terrível Deusa, estabeleça proteção ao meu redor.

Quebre as paredes que me confinam. Ajude-me a me livrar

Dos inimigos e obstáculos.

Grande Senhora, Ajude-me!"


Imagine Sekhmet, com sua cabeça de leoa,
mostrando suas afiadas presas.
Sinta-a de pé logo atrás de você,
 seus braços esticados para lhe proteger,
suas unhas como presas prontas para rasgar seus inimigos.


"Leoa da destruição e vingança,

Meus inimigos me circundam, buscando minha queda.

Livra-me de sua influência. Conceda-me a liberdade.

Ó poderosa e Terrível, amada de Ptah,

Atenda a meu pedido por proteção".